20 de dez. de 2014

Nova Série de Suzumiya Haruhi e o "Escândalo" de Aya Hirano

Após quatro anos de hiato, e um escândalo sexual envolvendo sua dubladora principal, Suzumiya Haruhi terá nova série de TV a ser lançada na próxima Temporada de Primavera, em abril/2015.



Qualquer otaku que deseje ser chamado por este nome assistiu ou pelo menos conhece a série Suzumiya Haruhi no Yuutsu (A Melancolia de Suzumiya Haruhi), light novel com 11 volumes, publicados entre junho de 2003 até junho de 2011. As primeiras histórias foram adaptadas em série para TV com 14 episódios entre abril e julho de 2006, sendo reexibidos entre abril e outubro de 2009 numa versão estendida com 26 episódios. Foram feitos também duas séries no formato Original Net Animation (disponíveis online, sem passar na TV) com 25 e 13 episódios respectivamente exibidos em 2009 (2 a 8 minutos de duração cada episódio) , e um filme para cinema com duas horas e quarenta minutos de duração lançado em fevereiro de 2010 chamado O Desaparecimento de Suzumiya Haruhi.

Capa do primeiro volume em Light Novel de Suzumiya Haruhi

A história é bem fora dos padrões normais, tendo como segunda protagonista a adolescente Suzumiya Haruhi que, sem saber, pode alterar e moldar a realidade. Ela reúne inconscientemente em torno de si um grupo de jovens raros: uma alien, um esper e uma garota do futuro, além de um estudante absolutamente comum (e na verdade, o verdadeiro protagonista, pois nas light novels as histórias são contadas sob o ponto de vista dele). Suzumiya é classificada como ficção científica e seu criador, o escritor Nagaru Tanigawa, recebeu o "Grande Prêmio" na oitava edição do Sneakers Awards (premiação que a revista de light novels The Sneaker dá aos melhores trabalhos que publica), sendo o terceiro autor a receber tal honraria. E não é para menos, pois a série foi um sucesso estrondoso no Japão, tendo vendido até o momento mais de 16 milhões de exemplares.

Da esquerda para a direita, os membros da "Brigada SOS": Kyon, o narrador nas light novels, Suzumiya Haruhi (sentada), Asahina Mikuru (que veio do futuro), Koizumi Itsuki (Esper), e Nagato Yuki (Alien).

O Desaparecimento de Nagato Yuki-chan (長 門 有 希 ち ゃ ん の 消失 Nagato Yuki-chan no Shoushitsu), é um mangá escrito e ilustrado por Puyo, inspirado no quarto volume das ligh novels de onde veio O Desaparecimento de Suzumiya Haruhi. A série é publicada na revista Shounen Ace da Kadokawa Shoten desde julho de 2009. A história se passa numa linha do tempo alternativa do Desaparecimento de Suzumiya, em que Haruhi Suzumiya nunca formou a Brigada SOS. A protagonista da série é Yuki Nagato, que neste mundo não tem origem alienígena, sendo apenas uma menina tímida e hesitante, que desenvolve sentimentos por seu colega no Clube de Literatura, Kyon. Mais informações e futuramente, previews desta série devem ser lançados no site oficial neste link.

Desde o lançamento do filme em 2010, nada mais da história de Suzumiya foi transformado em anime, e um dos motivos, dizem, foi o escândalo sexual envolvendo Aya Hirano, cantora e dubladora da destrambelhada Suzumiya Haruhi.

Capa da revista Bubka, onde o escandalo sexual de Aya Hirano foi revelado.

Em julho de 2011, a revista Bubka, especialista em publicar escândalos com artistas e idols japonesas, publicou uma série de fotos do tipo selfie onde Aya Hirano aparecia deitada numa cama bem relaxada, como se estivesse em pós-coito, na companhia de ninguém menos que Katsundo, guitarrista da banda que acompanhava Aya em seus shows. Ainda segundo a matéria, havia afirmações que Aya era "muito agressiva" e que havia "dormido" com três dos quatro membros da sua banda, excetuando apenas o baixista. Por conta deste comportamento promíscuo, e mesmo ela não tendo "cláusula de castidade" como as idols tem em seus contratos, a carreira vocal de Aya acabou de imediato. Ela foi despedida rápida e discretamente da gravadora Space Craft Entertainment e da agencia de dubladores Grick.  Em 27 de agosto de 2011 ela postou uma mensagem em seu twitter anunciando uma "pausa" em sua carreira como dubladora, e desde então, fez pouquíssimos trabalhos.

Fotos publicadas na revista, que comprovariam a "promiscuidade" de Aya 





E o que aconteceu com o guitarrista? Absolutamente nada! E antes que digam: sim, o Japão ainda é machista pra baralho, pois um homem pode deitar com quantas mulheres quiser e puder, mas uma mulher não! E se o faz, vira escândalo sexual e tem sua carreira artística prejudicada ou encerrada. Não há como defender tal comportamento, mas o que podemos fazer além de protestar? Este é um dos lados negros e preconceituosos da sociedade japonesa que ainda está longe de ser banido. Quem sabe, em gerações futuras...


Mas Aya conseguiu algo que raramente as mulheres tem por lá: uma segunda chance! Ela foi convidada - e aceitou - trabalhar nesta nova série de TV de Suzumiya, que será seu maior trabalho desde o nefasto 2011. Então, a continuação de Suzumiya Haruhi vale por dois grandes motivos: adaptar mais um trecho da história para os animes, e por trazer Aya Hirano aos holofotes onde sempre trabalhou tão bem, dando voz a personagens memoráveis como Misa Amane de Death Note, a peituda Garnet Mclane em Dragonaut the Ressonance, a otaku-mor Konata Izumi em Lucky StarLucy Heartfilia em Fairy Tail , a princesa dominatrix Katja em Seikon no Qwaser e - claro - a carismática, manipuladora, doidona e divertida Suzumiya Haruhi, entre muitas outras. Seja bem vinda de volta, Aya, e que sua voz continue nos alegrando por muitos anos!







3 comentários:

  1. Hikki Shinozaki:

    Ainda bem que ela terá essa segunda chance, gosto muito do trabalho dela. Realmente, uma das coisas que eu não gosto no Japão, é esse machismo ridículo que eles "ainda" tem por lá. Mas enfim... To na torcida pelo sucesso na volta da Aya.
    Ótima matéria Peixoto! O/

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  2. AI MEU DEUS QUE LINDO, EU TO CHORANDO <3 <3 PARABENS AYA!!! SUZUMIYA VOLTOU!!

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  3. Tem gente que parece corvo. Não sossega mesmo. Até parece que o pessoal marrom que descobriu o escândalo fazem parte do Coro Angelical.
    Aparentemente a imprensa marrom infecta o mundo com suas noticias sensacionalistas.
    Será que ninguém pensa nas consequências?

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