30 de jan. de 2014
Segunda Temporada de Ataque dos Titãs, só em 2015! (será?)
Mesmo com o sucesso mundial e as hordas de fãs delirantes conquistados este ano pelo anime Shingeki no Kyojin (Ataque dos Titãs no Brasil), parece não haver pressa em produzir uma segunda temporada. Pelo menos, é o que Takeshi Wada, Presidente do Wit Studio, deu a entender durante uma entrevista feita pelo site Nikkey.com que pode ser vista neste link (são 3 páginas. Clique nos numeros 1-2-3 para vê-la na integra).
O Wit Studio é um estúdio de animação e subsidiária da I.G. Port, conglomerado formado pela Production I.G. e a Editora Mag Garden. Apesar da Production I.G. levar a maior parte da fama, quem trabalhou de fato na produção do anime foi o pessoal do Wit Studio, capitaneados pelo Takeshi Wada, mais conhecido por seu "nome internacional", George Wada.
Na entrevista publicada em 29 de janeiro de 2014, Takeshi Wada falou da animação quase totalmente feita em CG, da metáfora que ele vê entre a série e a sociedade japonesa atual: "Você tem seres humanos vivendo cercados por uma muralha" - explica Takeshi - "tentando ver o mundo lá fora. Eu pensei na atual geração do Japão, e também o que leva as pessoas a viajar para o exterior. Como os jovens do Japão são jogados na meritocracia, protegidos por uma muralha formada pela universidade e após a formatura, pelo emprego vitalício. Tal como empresários ocidentais forçados a devorar uns aos outros na concorrência feroz da economia global..." Ele fala também do espanto a ir em convenções de fãs nos EUA, Inglaterra e Singapura e ver cosplayers perfeitamente caracterizados como personagens da série, incluindo o equipamento de manobra. E considera Mikasa a nova heroína feminina, comparando-a a Supergirl e Milla de Resident Evil - "Mikasa é forte, mas tem suas fraquezas". Ele notou também a comparação que os fãs fazem com os gigantes aos zumbis, mas está mais preocupado com a perda de competitividade dos animes japoneses em comparação, por exemplo à animação sul-coreana.
É, ele falou bastante, mas não comentou o que mais importa para os fãs de Ataque dos Titãs: quando haverá uma segunda temporada da série. Apesar de não dizer diretamente, nem disse algo concreto sobre uma nova série. Ele apenas disse que gostaria de "fazer uma segunda temporada de Ataque dos Titãs algum dia." Takeshi disse que o Wit Studio está "ocupado com o OAD" e "Eu acho que nós gostaríamos de fazer uma continuação do anime principal em algum momento, mas este ano estamos às voltas com a produção do especial em DVD que acompanhará uma edição limitada do Mangá". Por Takeshi ter dito "este ano", isso pode implicar que a produção da tão esperada-idolatrada-salve-salve Segunda Temporada não vai começar antes de 2015, embora com a popularidade da franquia em ponto de ebulição, parece difícil de acreditar.
Mas devemos lembrar alguns fatores importantes:
1 - O Anime praticamente alcançou o mangá de Ataque dos Titãs, que é publicado mensalmente. Portanto, é preciso esperar o Hajime Isayama desenhar mais uns 12 capítulos para o anime ter o que contar. A outra opção seria criar fillers - histórias inéditas criadas apenas para o anime, escrito por um outro autor. Já tivemos muito disto em Bleach, e nem sempre tais "esticadas" na história original agradam aos fãs. Pode ser um tremendo queima-filme colocar mais água neste feijão!
2 - Em 2015 teremos o filme com atores, como já explicamos nesta matéria. Faz todo sentido esperarem até uma data próxima à estreia do movie nas telonas para lançar uma segunda temporada. Se estiverem planejando algo assim - e para mim, é a estratégia mais sensata - a audiência na TV e a bilheteria nos cinemas atingirão cifras astronômicas! A venda dos produtos que levam a marca dos Titãs então...
Sendo assim, caros fãs de Mikasa, Eren, Armin, Levi e outros, aprendam a ter paciência e esperar, porque neste caso, pressa só estragaria uma série que até aqui tem sido ótima! Deixem Hajime desenhar em paz por um ano - só um aninho - que a espera valerá a pena! Que 2014 passe logo!
Num blog sobre animes, no qual o assunto girava em torno de Hayao Miyazaki e uma frase polêmica que ele teria dito tempos atrás (ver link abaixo):
ResponderExcluirhttp://www.genkidama.com.br/xil/hayao-miyazaki-otaku-e-mal-entendidos/
o autor do artigo disse, num comentário postado lá, o seguinte:
"Noveleiro tem o Antonio Fagundes como exemplo. Ele na última novela fez filho até na parede! Aliás, o exemplo de promiscuidade das novelas incentiva os fãs a terem filhos com todo mundo."
Isso prova que as novelas brasileiras são mais perniciosas (como diriam os puritanos de plantão) à formação da infância e da juventude do que muito anime por aí, apesar das cenas de violência, sexo, etc. que porventura hajam neles. Porque será?
Provavelmente, porque ver pessoas de carne e osso em cenas de sexo e violência influenciam mais as pessoas, em especial, as crianças e adolescentes, do que ver tais cenas sendo protagonizadas por personagens animados ou de quadrinhos. E, no entanto, têm pais que não só permitem, mas também incentivam os filhos a gostar dessas novelas. Os mesmos pais que não querem que os seus filhos assistam animes na TV, dizendo que é violento, deseduca, erotiza, etc.
Falando em promiscuidade, talvez as novelas brasileiras possam incentivar os japoneses a transarem mais e a terem mais filhos, revertendo a tendência atual.
Não que seja uma solução isolada, entenda-se, mas poderia, juntamente com mudanças fundamentais na economia, na previdência social, no mercado de trabalho, na política de imigração (com a abertura do país para a entrada de imigrantes não-japoneses que queiram trabalhar e se estabelecer no país), no sistema educacional, no sistema tributário e na oferta de imóveis residenciais (mais imóveis espaçosos para se criar uma família de forma mais adequada, ao invés dos minúsculos espaços nos quais os casais japoneses vivem atualmente), ajudar a aumentar as taxas de natalidade no arquipélago.
Se bem que, há aqueles, dentro e fora do Japão que já não acreditam mais numa reversão das tendências atuais. Para eles, a única saída para o povo japonês (incluindo os ainus e okinawanos) é mudar-se para um país de dimensões continentais.
E, lá no fundo, o governo americano pode estar desejando transferir a população do arquipélago para os EUA para, em seguida, transformar o Japão (do extremo norte ao extremo sul) numa imensa base militar americana (sob controle da Marinha e da Aeronáutica), por causa de sua posição geográfica estratégica, entre a China, Coréia do Norte e Rússia e os EUA. Se isso acontecer, é bem provável que os militares instalem os mísseis nucleares ao longo do território japonês, uma vez tendo relocado a população japonesa (além de suas empresas, fábricas, estúdios de cinema e animação, etc., o que será interessante para aumentar a hegemonia econômica, industrial e cultural dos americanos). Não será surpresa nenhuma se tudo isso vier a acontecer futuramente.