4 de mar. de 2013

Sonha Desenhar Mangá no Japão (ou no Brasil)? Pense Duas Vezes!

Antes de ler essa matéria, considere apoiar a Anime EX, a única revista digital sobre anime & mangá do Brasil. São apenas R$ 10,00 por mês para receber uma nova edição toda semana.

  Segue abaixo uma agenda de trabalho que mostra como é a semana de  um mangáka (desenhista de mangá) da revista semanal japonesa Shounen Jump.


O artista em questão é o Hiroshi Shiibashi, autor de Nurarihyon no Mago. Seu desenho é um dos mais detalhistas e caprichados que já passou pela Jump, e por isso ele precisa trabalhar tanto! Trata-se de um workaholic assumido, mas mostra até que ponto um mangáka precisa "dar o sangue" pelo seu emprego.


Por força de contrato, um mangáka precisa desenhar de 25 a 30 páginas por semana em média , mais ilustrações avulsas e algumas páginas coloridas eventuais. Examine-a com atenção e depois dela continuamos esta conversa. Tenho certeza que muitos fãs e principalmente desenhistas amadores, que sonham em "desenhar mangá no Japão", ficarão chocados! Eu a traduzi para melhor entendimento de todos. E por favor, quem for utilizá-la em trabalhos escolares ou em outros sites/blogs, que faça a gentileza de citar de onde retirou esta versão traduzida!


Depois de analisar bem esta planilha, alguém aí ainda alimenta a ilusão de que desenhar no Japão é "moleza" e que vai "ficar rico e famoso"? Notou que o mangáka trabalha como um cavalo de segunda a segunda, sem um único dia de descanso e tem apenas três horas de lazer por semana? Este ritmo de trabalho intenso, que aqui no Brasil seria considerado escravidão, é a rotina de vários mangákas no Japão! Porque ao contrário do que muitos fãs e desenhistas amadores pensam, desenhar uma média de 25 páginas por semana é trampo bagarai! Não sei quem foi o imbecil que começou isso, mas aqui no Brasil se convencionou dizer e achar "desenhar uma coisa fácil" ou "desenhar é brincadeira". Notícia para vocês, desinformados: desenhar não é nada fácil e muito menos rápido! Cada detalhezinho que se vê numa página de quadrinhos toma tempo para ser feito, e exige atenção e concentração do desenhista - e para se conseguir um bom resultado, desenhar "rápido" está fora de cogitação.

Toriyama Akira estava proibido de viajar de avião enquanto desenhou Dragon Ball
Os ganhos dos mangákas são altos, é verdade, mas como vocês devem ter notado, não resta muito tempo para desfrutar do dinheiro e "fama" que conquistam a duras penas. Ele é, literalmente, um prisioneiro de seu próprio sucesso. Não é à toa que vez ou outra temos notícias de mangákas que pararam de publicar por "problemas de saúde" como Takahashi Rumiko (Ramna 1/2 e Inuyasha) que teve ulcera estomacal, ou Mokona Apapa do grupo CLAMP, que está afastada há quase um ano por problemas na coluna... Mesmo em seus momentos de lazer, os mangákas não deixam de ser controlados. Toriyama Akira (Dragon Ball)  por exemplo, na época que desenhava as lutas épicas de Goku, era proibido de viajar de avião em seu contrato editorial! Afinal, a editora Shueisha não podia arriscar de forma alguma perder a sua "galinha dos ovos de ouro".

Mokona Apapa (a de kimono) do grupo CLAMP está afastada desde o ano passado para cuidar de um problema de coluna, causado por trabalho excessivo.
E agora, uma dose de realidade cruel para os que ainda acham que vão conseguir desenhar no Japão facinho: as chances são mínimas, minimas mesmo, por um motivo bem simples - há centenas de milhares de desenhistas amadores de mangá no Japão! Eles tem tantos aspirantes a mangákas quanto temos de aspirantes a jogador de futebol no Brasil! Enquanto lá todos assistem desenho animado "de olho grande" antes de aprender a ler, aqui no Brasil temos crianças chutando bola assim que aprendem a andar! Então, a chance de um brasileiro se tornar um mangáka de renome é tão pequena quanto a de um japonês vir a jogar futebol num time de primeira linha no Brasil. Aliás, já viu algum japonês nos grandes times daqui? E algum mangáka brasileiro nas maiores revistas semanais, você viu? Deu para entender, né? Mas note, eu não disse que é impossível se tornar um mangáka no Japão, mas garanto que é muito, muito, mas muito difícil! E mesmo que consiga passar na rigorosa seleção, você garante que consegue aguentar o ritmo de trabalho apresentado na planilha aí em cima?

A série Bakuman, apesar de romanceada, mostra muito da cruel realidade de ser um mangaká no Japão!
E desenhar mangá no Brasil é mais difícil ainda! Primeiro porque as chances praticamente acabaram depois que os mangás do Japão chegaram aos montes em nossas bancas de jornais - é muito mais barato e seguro uma editora brasileira investir num mangá de sucesso (e com seu próprio desenho animado) do que num artista com sua série totalmente desconhecida, por mais bem que ele desenhe! Além do baixo pagamento, as poucas oportunidades que surgem exigem dedicação e capricho para poderem ficar à altura de uma série de mangá "made in Japan". Aqui no Brasil, um quadrinista para desenhar 25 páginas demora em média um mês - quatro vezes menos que um mangáka japonês! E conheço vários desenhistas que reclamam de cansaço quando entregam o serviço!

Erica Awano desenhou toda a série Holy Avenger num ritmo impressionante!
Um exemplo de raro profissionalismo que acompanhei bem de perto aqui no Brasil: Érica Awano, que desenhou 40 edições + 2 especiais da série Holy Avenger, produzia exatas 20 páginas de quadrinhos por mês, mais a ilustração de capa - tudo desenhado e arte-finalizado a nanquim de próprio punho, seguindo os lay-outs preparados pelo Marcelo Cassaro, criador e roteirista da série. Durante os anos de produção, a Érica só atrasou a entrega de uma edição! Mas para cumprir os prazos, ela trabalhava de segunda a sábado num ritmo de 12 horas por dia ou mais! E nas raras vezes que saía conosco para se divertir (sempre frequentamos a mesma roda de amigos desde os tempos da ORCADE), quando íamos jogar boliche, ela apenas ficava olhando os pinos serem derrubados. A Erica me explicou na época que se arremessasse aquelas bolas pesadas, sua mão ficaria inútil para desenhar por "dois ou três dias" devido ao esforço dos músculos da mão - algo similar ao cansaço de atletas depois de uma maratona. Ou seja, ela precisava até mesmo selecionar suas formas de diversão para não prejudicar seu trabalho!


Portanto desenhistas amadores ou fãs que sonham ser mangákas aqui ou no Nihon, achando que é um serviço "mole" e que vai lhe dar fama e fortuna de bandeja: tirem seus cavalinhos da chuva, porque não é assim que a banda toca! Trata-se de um serviço como qualquer outro, que só compensa aos que se esforçam e se empenham! Como aliás, acontece em qualquer forma de trabalho digno e honesto. Não há atalhos para fama e fortuna. A estrada é longa, árdua, impiedosa e a seleção é cruel com os preguiçosos ou desmotivados. Boa sorte aos que depois deste aviso sincero ainda tentarem, e parabéns pela vitória aos que conseguirem!


43 comentários:

  1. Opa adorei a matéria e de conhecer este blog :3

    Sou fãzão de Holy Avenger... E lembre-se a Erica se esforçou tanto que ela morreu no final da série KKKKKKK

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  2. Bom, de jogador japonês lembro do Kazuyoshi Miura(o conhecido Kazu) no Santos, depois de um tempo no XV de Jaú. Mas sua passagem foi apagadaça, o único mérito foi ter feito um gol no Palmeiras em um clássico de 1989 ou 1990, não vou lembrar agora.

    Mas a abordagem foi muito boa, Peixoto. Talvez essa idéia de que "desenhar é fácil" tenha sido disseminada por fãs que compararam o traço dos mangás com o traço dos comics, principalmente aqueles desproporcionais das séries da Image.

    Já folheei diversos fanzines em eventos, e sinceramente 90% do que vi não se salva nem idéia, nem roteiro e nem desenho. Trabalhos derivativos de outros títulos já conhecidos e afins, ou seja, nada que atraia a atenção ou que pelo menos tenha um jeito diferenciado de contar histórias que já cansamos as córneas de ver.

    Sem contar que o aspirante a artista no Brasil também é ingênuo ou incapaz de criar um plano de negócios em cima de suas crias. O maior exemplo está aí até hoje: Mauricio de Sousa. Não precisa copiar o estilo ou histórias dele, mas se inspirar na maneira como ele administra seus personagens poderia ser um grande passo para o surgimento de um artista de grosso calibre.

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  3. Boa matéria. Muita gente influenciada por Bakuman acha que é fácil ser artista e que a fama e a fortuna esperam por eles ao aportar no Japão.
    Bando de iludidos, isso sim!

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  4. Cara, fazia tempo que não ouvia falar da ORCADE! Perdi contato com o pessoal porque me enfiei de cabeça na profissão de desenho animado e não tive mais tempo para encontrá-los!...kkkk e animação é a mesma coisa, estou um bagaço de tanto varar noites nos meus tempos de loucura..!

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  5. Gostei muito da matéria!!só fiquei mais animado!!estamos desenvolvendo um manga aqui no Brasil!!!capas de superar ''Tools''!!aposto que vai ser uma referencia!!sei que não vai ser fácil,pois aqui é o Brasil!!mas com muito esforço(muito mesmo)conseguirei algo grande assim!!!!Tem muitos talentos espalhados pelo Brasil,mas os brasileiros discriminam o próprio pais!!sendo que nem sabe fazer um circulo correto!!!

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  6. O pessoal acha "lindo" eu e o Cassaro trabalharmos com quadrinhos, mas ficam de cara quando dizemos que não temos fim de semana e nem feriado (e não temos mesmo).

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  7. Existe um vácuo no que concerne o saber comercial nos quadrinhos. Acredito que para a nossa realidade tão diferente das realidades japonesa e norte americana, a abordagem criativa e comercial deve ser diferente também. Já existem iniciativas desde fanzines mais profissionais (em desenho, edição, diagramação, material etc) que ganham conhecimento em grandes feiras de HQ's ou são financiados de forma coletiva. Isso é uma amostra de como as coisas podem começar, já fazem alguns anos que iniciativas de crowndfunding são realizados com ótima qualidade e apoio e isso chama a atenção de editoras sim! Sejam elas brasileiras ou estrangeiras. No geral não acredito que seja uma boa ser um quadrinista no Japão ou nos EUA, como tantos desenhistas almejam. No caso do Japão existem inúmeros entraves e nos EUA, para ser "apenas" um "apertador de parafusos" na grande máquina dos quadrinhos americanos. No caso dos Estados Unidos, além de não pagar tão bem, não existe plano de carreira, seguros trabalhistas da lei brasileira e etc. Acredito que nesse caso, trabalhar para grandes editoras americanas serviria apenas para ganhar notoriedade para trabalhar com materiais fora dela, como fizeram Renato Guedes, Rodney Buchemi e tantos outros. O que quero dizer com toda essa ladainha é que independe o estilo de desenho que se trabalha, seja ele mais mangá, mais comic, mais underground etc. A realidade para esses profissionais é a mesma, e a forma de se comportar (ou ajudar a desenvolver) no mercado de HQ's nacional passa pelos mesmos desafios e soluções. Desafios esses que são muito reais para se ficar de sonhos em trabalhar em mercados que não fazem parte da nossa realidade.

    Abraço! Ótimo e esclarecedor post!

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  8. Só pra constar, eu conheço um desenhista Disney que fazia 20 páginas por semana durante os anos 70, em uma época em que as histórias tinham 4 tiras (uma média de 8 quadrinhos por página). Isso dava 80 páginas por mês, ou 8 HQs diferentes!

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  9. Lendo isso, eu só me motivei a ser uma :)
    Me aguardem ;P

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    1. olá, me chamo Hilquias como vês.
      sabe, vc me deixou muito curioso.
      posso saber quem és ?!!

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  10. ser mangaká ?!
    Essa é uma meta que não será realizada apenas com sonhos.
    Se algum dia nós tivermos uma porcentagem de brasileiros sendo mangakás essa parcela será de no máximo 0,000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000001%...
    Notaram que há um "1" mesmo depois de INFINITOS "zeros" ?!
    Para os que mesmo depois de lerem a matéria ainda aspirarem por ser um mangaká, eu apenas deixo uma frase, a mesma que me enche de esperanças e força todos os dias para lutar pelo sonho "IMPOSSÍVEL" :
    "...e quem procura com força e energia
    realizar sonhos e fantasias
    em algum lugar da terra logo vai BRILHAR!! "

    * eu tive que retirar uma quantia infinita de "zeros" para que pudesse ser publicado o meu comentário, rsrs.

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  11. e vc que publicou essa matéria ??
    é denhista ???

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    1. Não desenho nada, Hilquias Santos. Fui editor-chefe em mais de 300 revistas - umas 40 delas, de "mangás brasileiros". Mas o que isso tem a ver com a matéria?

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  12. Por isso que publico meus quadrinhos online, corto o intermediario e atravez do kickstarter consigo financial minhas proprias publicacoes. A internet revolucionou o mercado, e abriu as postas para o artista independente.

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  13. Isso é questão de dedicação, disciplina e muita força de vontade. E não é excluivo da profissão de mangaká. Há, sim, aqui no Brasil profissões exastivas e desumanas na sua carga horária, principalmente no setor autônomo. Como por exemplo, ser tradutor (aqui, no japão ou qualquer lugar do mundo) está no mesmo nível de agenda de um mangaká, com prazos abertados, clientes exigentes, além do menosprezo da categoria e baixa remuneração, incluindo também um grande cansaço mental, estresse, problemas de saúde relacionados a LER e etc. E no mesmo caso do mangaká, tudo mundo fala que é fácil trabalhar com línguas e traduzir, mas é um enorme engano! Quero ver traduzir um livro de mais de 700 páginas de um assunto que vc nunca ouviu falar ao mesmo tempo em que se dedica a outros trabalhos que precisam ser entregues em menos 30 minutos só por que o cliente acha que você é um google translator, sem direito de receber um tostão por direitos autorais que é obrigado a ceder à editora, ou senão fica sem o trabalho, sem direito às férias ou décimo terceiro ou qualquer tipo de benefício (pq se não trabalha não recebe nada, nem concursado tem salário, recebe-se por tradução feita). Sem contar que às vezes vc tem que colocar o preço abaixo de sua dignidade para ver se consegue algum trabalho. Porém, isso não quer dizer que sejam profissões ruins, muito pelo contrário, mas são profissões que necessitam de dedicação integral e muita paixão pelo que se faz. Mas enfim, o que quero dizer é que não importa a sua profissão, vc vai acabar se sacrificando pelo trabalho, com horas extras, levando trabalho pra casa, poucas horas de sono... tudo para se manter em dia com a sua carga de trabalho. A única diferença é que algumas profissões são mais flexíveis que outras. E só por que o trabalho é árduo, não significa que tenha que abandonar seus sonhos de seguir a profissão. Além disso, o mangaká trabalha tanto devido à demanda do público que sempre exige acompanhar suas história favoritas semanalmente, o que aumenta a quantidade de trabalho e encurta os prazos, e se eles não acompanharem o ritmo de produção, ficaram desempregados, já que vivermos em uma época onde tudo está sempre em alta velocidade, onde cada segundo vale a sua sobrevivência.

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    1. voce acabar com varios sonhos com essa bobagem

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  14. Gostei muito da matéria porém prefiro não opinar. Quando tiver minha história pronta eu vou publicar online. Abração Peixoto.

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  15. Materia boa...
    porém, isso num ajudou em nada, quanto mais alguém pensa que é impossivel, mais isso se torna impossivel, a maioria das pessoas que se preocupam com é ou não possivel acabam nem tentando.

    ter noção da dificuldade do trabalho é até legal, porém, eu duvido que alguém que não goste ou não consiga desenhar por horas tente fazer um mangá! Valeu!

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  16. Mano Sérgio, vim lhe dar os parabéns por seu trabalho e convidá-lo a acessar minha página de divulgação, eis o endereço → http://www.facebook.com/SavioChristiDesenhistaDivulgacao.

    Bem, abraços e até mais então!

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  19. Temos, (Quero dizer nós q desenhamos e nos chateamos com a ditadura das editoras brasileiras) que nos unir mais pela internet, buscando revistas onlines e independentes como a ação mangá, Mangá pride, a mundo paralelo e até criar novas e sempre buscar revistas de quadrinhos brasileiras onlines, para tentarmos até mudar o quadro atual do Brasil. Com certeza bem mais fácil q tentar a vida como mangaká escravo ou escravo, famoso mas escravo mesmo das tambem editoras americanas. Quem sabe a situação brasileira até torna a área mais mansa no Brasil, com períodos mais extensos e uma cultura de menos desprezo pelo tempo.

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  20. Meu perfil no facebook é Footryd, com um desenho de um personagem com um tapa olho, sob o nome de filipe simões. Faço quadrinhos e quero convidá-los a lê-los. Não tenha pré-conceito com o q vc nao conhece. E melhor procurar lá em cima, footryd, mesmo.

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  21. Desde o início eu sabia que ser mangaká é difícil,até porque se fosse fácil,todos fariam,eu não pretendo desistir do meu sonho,na verdade,fiquei até mais motivado,se eu desistisse só por causa disso,eu não poderia dizer que tenho um SONHO,e sim,só uma ideiazinha pro futuro,eu tenho um objetivo,uma meta,não importa o quanto eu tenha que me esforçar,eu não faço isso por dinheiro,nem por diversão,e sim,porque eu quero fazer outras crianças e outros jovens se sentirem da mesma maneira que eu me sinto quando assisto Naruto,Bleach,One Piece,Death Note,etc....por isso,eu não vou desistir,nem que eu passe minha vida toda tentando..

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    1. concordo!! eu te entendo, e já tenho meu projeto de mangá e fiquei mais animado com que li no blog valeu

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  22. Essa tabela pode muito bem não ser "fixa"...pode ser referente à um período "extra" de trabalho intenso, pode ser antiga....enfim, nada é exato nessa matéria....Ninguém deve seguir o que você escreveu, cada pessoa buscará por si próprio as experiências e tirar suas próprias conclusões...não serve nem como dica, pois quem tem seus ideais e objetivos não deve ouvir os outros e sim sua própria vontade.
    Eu trabalho como desenhista têxtil e nosso "mundo" não é muito diferente dos mangakas, dependendo do desenho gastamos uma semana inteira fazendo apenas uma estampa...temos períodos tranquilos (final de coleção) onde o trabalho diminui, e períodos puxados (fazendo coleção) onde se necessário fazemos hora extra, ja aconteceu de desenhista ter que fazer desenho em casa (recebeu como extra) devido ao ritmo puxado. As vezes minha mão e meus dedos doem, a coluna dói, um desenhista ficou até travado por ficar muito tempo sentado e ficou 1 semana de licença fazendo fisioterapia....e isso não é no JAPÃO, Estou falando de BRASIL ok! O mundo de desenho têxtil é infelizmente ou felizmente (para nós é felizmente pois devido a falta de especialistas o salário é bom) desconhecido pela grande maioria, poucas pessoas conhecem de verdade , não estou falando daquelas confecções do Brás, estou falando de indústria de grande porte.

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    1. Ah e complementando....amo meu trabalho! E tenho certeza que os mangakas que seguiram esse caminho também amam o seu trabalho e sentem prazer em estar fazendo esses trabalhos. Não é simplesmente "trabalho para ganhar dinheiro", vai além disso, é simplesmente amar o que faz e fazer com VONTADE, é aquela sensação de estar fazendo algo de útil para milhares de pessoas, não importa as dores, o sofrimento, temos isso como "missão" e então nada disso é sacrifício para nós. Todas as pessoas que querem ser mangakas, sigam em frente, se é o desejo profundo de vocês.. se querem saber como é a vida de um mangaka de verdade, você só saberá quando estiver na mesa sendo entrevistado por alguma editora e esta lhe mostrar e informar os detalhes de como é o trabalho na empresa, enfim somente dessa maneira saberá a verdade e não por meios de matérias como esta, com conteúdo vago demais.

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    2. "Conteúdo vago demais" mas ora meu caro anônimo, se o conteúdo tá vago porque será que ele te incomodou?
      Estranho, vc diz que trampa com desenho pra têxtil, mas porque tá postando como anônimo? Vc tentou trilhar esse caminho e viu que não era pra ti né?
      Vc deve ser algum conhecido do Peixoto né?
      Né, né? =)

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  23. Realmente, às vezes é bom ter alguém com capacidade de sinceridade para esquecer o tapa de luva e dar um tapão logo de uma vez. Quadrinho não é fácil em lugar nenhum do mundo. Vejam, por exemplo as reclamações do Scott McCloud ou Alan Moore... E os caras já são feras.

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  24. não faz muito tempo que eu tenho o sonho de mim tornar um mangaká,já tenho 3 Historia,Mais não tenho muito tempo para fazer meus mangás,Uma delas eu já escrevi 9 capitulos,outra 5 e a outra 2,os mangás a que tem 9 capitulos e já viz 5 mangás,aque tem 5 eu fiz 3 e a que tem 2 eu viz(ainda tó fazendo)o 1,e o ruin tambem que meu pais não mim apoiam,e tenho que compra o material e tudo.

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  25. Primeiramente, excelentd materia Peixoto, sempre com otimas materias desde os tempos da revista Animax!
    Bom, tudo oque disse ai e verdade, ja assisti uma palestra com a Erica Awano e ela disse que de fato nao eh mole!
    Quando adolescente eu sonhava desenhar manga mas depois fui vendo como as coisas sao, descobrindo outros estilos e deixei isso pra, nao era oque queria. Hoje desenho webcomics como hobby e sou bem feliz assim, nao pretendo seguir a profissao mas quero conquistar reconhecimento.
    Boa sorte ai pra quem ainda persegue esse sonho!

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  26. Ler essa matéria só me deixou com mais vontade ainda!!!

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  27. Não teria graça se tornar um Mangaká se fosse fácil...nunca desisti e nunca desistirei do meu sonho. Será difícil mas valerá a pena.

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  28. Não teria graça se tornar um Mangaká se fosse fácil...nunca desisti e nunca desistirei do meu sonho. Será difícil mas valerá a pena.

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  29. Como faço para enviar um desenho que minha sobrinha desenho

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  30. Gostei muito de saber das dificuldades de desenhar mangá no japão,me deixou com mais vontade de tentar

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  31. Gostei muito de saber das dificuldades de desenhar mangá no japão,me deixou com mais vontade de tentar

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  33. Alguém sabe em que cidade do Japão fica a empresa de mangaká?

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