Os otakus brasileiros se tornaram uma tribo no sentido social da palavra. Mas ainda precisam aprender a se comportar e interagir com as pessoas que não são da "tribo".
Há várias outras "tribos" de fãs para filmes, cantores, modinha ou o que
seja considerado viral, mas os otakus se tornaram um dos grupos mais ativos, unidos
e participativos: trocam mensagens num ritmo alucinante pela internet, se
encontram regularmente em eventos e/ou pontos de encontro, se organizam
em clubes reais ou virtuais - e possuem linguagem própria que se alguém “de
fora” ouvir, não vai entender. Neste ponto, os otakus brasileiros muito se
aproximam dos seus “irmãos” ao redor do mundo, mas ainda falta muita coisa para
sermos fãs de fato e não fanáticos que estrilam de raivinha só porque o “seu”
mangá favorito está à venda em qualquer banca de jornal, com o nome dos
golpes traduzidos para o português! Mas isso será assunto para outro dia...
Por causa
do aumento de “fãs” radicais e mal informados no Brasil, daqui por diante escreverei matérias
apontando equívocos, comportamentos distorcidos e outros problemas que vejo nos
ditos otakus, principalmente entre “nova geração” que surgiu nos últimos cinco
anos, e vejo totalmente sem rumo ou bússola por falta de um mínimo de conhecimento sobre como se comportar diante das pessoas comuns, incapaz de
conseguir explicar à sociedade sua paixão por mangás e animes. E com isso, se
fecham em grupos hostis a qualquer não-otaku, o que só piora a situação. Notem por
favor, que não pretendo impor minhas observações ou opiniões, mas apenas
sugerir atitudes que podem ajudar os fãs de mangá e anime a serem mais bem
vistos pelo resto da sociedade, e também para deixarmos de ser uma tribo
fechada em si mesma, sem chance de crescimento ou adaptação.
Porque o
que não cresce nem se adapta, está condenado à extinção. É uma lei imutável da
natureza.